Gente,
Ontem, milagrosamente consegui um lugarzinho pra sentar, no ônibus, desde o início do meu trajeto diário pro trabalho. Fiquei sentada numa daquelas cadeiras que ficam atrás do cobrador. Próximo a mim, duas jovens senhoras que conversavam relativamente alto e de cada 10 palavras pronunciadas, 11 eram "amém Jesus" ou "Glória a Deus" ou algo parecido. Ficou claro que eram evangélicas e do tipo fervorissímas!!!
De repente, o telefone celular de uma delas toca. Não preciso mencionar que o toque do aparelho era com uma música evangélica, né. Mas menciono mesmo assim, só pra sentirem o nível do que vem por aí, rsss.
Bom, antes de ir ao papo, preciso esclarecer que, apesar da conversa ter rolado através do telefone, ficou claro o teor do diálogo, por isso, consegui "captar", rss. Vamos lá:
- Bom dia! a paz!, disse a mulher que atendeu o telefone...
A mulher do outro lado da linha deve ter respondido a mesma coisa, rsss.
- Amém, abençoada! Porque voce não veio ontem??
(imagine sua mãe brigando com voce, foi no mesmo tom!) Do outro lado a mulher deve ter dado alguma desculpa...
- Sei, sei... mas devia ter ido, viu!. Voce sabe, quando Deus chama a pessoa tem que ir!
(pensei com meus botões: será que eu tô perto da mulher que marca a agenda de Deus!!??? pra falar com tamanho nível de cobrança, rss)
Continuando...
Do outro lado da linha a mulher desfiava um rosário de problemas (desculpem, não aguentei o trocadilho, rsss)
- Não, não se preocupe! Voce está debaixo das rezas e das asas de Deus! O senhor está contigo! São provações, minha filha! provações que a gente "temos" que passar na vida pra conseguir o perdão do Senhor. Eu lhe disse, o deserto é a escola. Lá que nós "aprende" a chorar, a sofrer e a levantar! Voce sabe, quando Deus quer, é assim!
Pensei... Quantos ditados essa mulher vai repetir? A coitada do outro lado da linha já devia estar totalmente encolhida se sentindo o pior ser humano da face da terra, se achando o verme do cocô do cachorro da empregada da minha vizinha que nem tem cachorro (ou seja...).
Com que direito alguém faz isso com outra pessoa??
- Sim, sim. Pode ser, pode ser no domingo a noite porque no sábado vou logo cedo pra igreja conversar com o Pastor Fulano de tal. Preciso conversar com ele sobre uns "poblemas" lá de casa, só devo voltar no final da tarde porque depois de conversar com ele já aproveito pra assistir o culto.
A outra tava querendo marcar pra conversar com ela, pessoalmente, pelo que entendi.
Fiquei pensando (eu e meus pensamentos...)
Como alguém se atreve a fazer o que essa mulher tava fazendo com essa criatura? Dando conselhos, broncas, etc e tal e depois diz que vai conversar com o pastor sobre "uns poblemas la de casa"!??? Com que direito???
Finalizando a ligação...
- Não, não, fique assim não, abençoada... Se pegue com o Senhor! Ele tudo pode! Amém???
Do outro lado da linha, a outra deve ter repetido, amém, também.
- Certo, pois lhe espero no domingo de manhã, viu! Não deixe de ir. Amém??? Fique tranquila que dará tudo certo! Tchau!
Quando a mulher desligou o celular foi conversar sobre os "poblema" da dita cuja com a vizinha de cadeira, que como disse, também era evangélica. Foi de término de casamento por chifre do marido até perda de emprego, ou seja, a outra tava fo**da mesmo, rsss.
Criei este espaço para dividir com voces as histórias malucas, engraçadas, sinistras que ouço nas minhas andanças pelos ônibus da vida.
24/09/2010
Papo de Ônibus - 13
Agora, a segunda história.
Nesse ultimo feriado (dia 07 Setembro) fui visitar minha mãe em Duas Estradas (se voce é do tipo curioso que ficou imaginando porque chama Duas Estradas, aqui que voce descobre rapidinho, rs). Como eu divago... Voltando a história...
Peguei o ônibus na rodoviária pra Guarabira (cidade próxima a minha), que pra variar, já saiu lotado, sentei na última fila, no fundão mesmo, na cadeira do corredor. A viagem dura mais ou menos 2 horas, dependendo do movimento da estrada, da quantidade de gente, paradas, essas coisas. Uma jovem bem simpática do meu lado, estudante, estava indo passar o fim-de-semana com os pais, sentada na cadeira que fica ao lado da janela, já se preparava pra enfrentar a estrada colocando nos ouvidos os fones ligados diretamente ao celular. Ainda estávamos na rodoviária.
Enquanto isso, ônibus ia entupindo de gente.
Bem a minha frente, em pé, com um monte de livros de medicina numa das mãos, outra jovem estudante, também bastante simpática, fazia o que?? Ligava o fone de ouvido ao celular com a outra mão. Pra facilitar a vida dela com o aparelho, (e temendo que os livros caíssem sobre minha cabeça na primeira curva) pedi os livros pra levar no colo.
Essa altura já havíamos saído da rodoviária, passando por Bayeux, eis que a outra jovem que estava sentada bem na cadeira do meio (no meu lado direito) toma que atitude???? Saca de dentro do bolso seu celular com o que??? um fone de ouvido, kkkkkkkkk.
Ficou uma cena meio surreal, pra mim. Alguns anos atrás isso seria inimaginável tanto do ponto de vista social/financeiro (nem todo mundo tinha grana pra comprar celular, que era sinal de status) quanto do ponto de vista físico (mesmo que tivesse a grana, o celular não pegava em todo lugar, não tinha sinal, rsss) e obviamente também eu fiz o que??? Peguei meu fone de ouvido, tasquei no meu celular e fui ouvindo/assistindo o show de Simone que havia gravado tempos atrás, em Recife, que adoro.
Minha curiosidade gritando querendo saber o que esse povo tava ouvindo, rs. Mas, de repente, não mais que de repente, numa das paradas durante o trajeto, entra uma mãe com 4 filhos, com idades entre 5 e 12 anos, bonitinhos e adivinhem... cada um com o SEU CELULAR, inclusive a mãe, obviamente!
O ônibus continuava lotado e eles acabam parando onde??? lá no fundo do busão, perto da gente. Aí, matei minha curiosidade sobre o que o povo ouve no celular (pelo menos o que eles ouviam). Um dos rapazes pôs música no celular dele e, no volume máximo (ele não tinha fone de ouvido, aliás, nenhum deles, buáaaaa!!!) e aí, tive que ouvir em alto e péssimo som (segurem-se, vai doer um pouquinho!!) "... O amor é feito capim mas veja que absurdo: a gente planta ele cresce, aí vem uma vaca e acaba tudo...", esse "clássico" da Banda Aviões do Forró, kkkkkkkkkkk. Não preciso dissertar sobre o nível musical do adolescente que foi de forró (desse tipo de forró) até o funk do MC não sei das quantas.
O interessante é que eles ficavam revezando o repertório entre os aparelhos celulares. Uma hora o som saía de um aparelho outra era de outro, mas sempre o mesmo "nível musical" e no mesmo volume, rss. A mãe deles até pedia pra eles abaixarem o volume de vez em quando, mas tinha hora que até ela cantava junto com eles.
Nem adiantava olhar de cara feia pra eles. Não estavam nem aí. Simplesmente ninguem mais conseguiu ouvir nada e "fomos obrigados" a aguentar esse repertório até eles descerem, em Guarabira (onde eu desci, também). Eita que foi dificil, amigos!!!!!
Nesse ultimo feriado (dia 07 Setembro) fui visitar minha mãe em Duas Estradas (se voce é do tipo curioso que ficou imaginando porque chama Duas Estradas, aqui que voce descobre rapidinho, rs). Como eu divago... Voltando a história...
Peguei o ônibus na rodoviária pra Guarabira (cidade próxima a minha), que pra variar, já saiu lotado, sentei na última fila, no fundão mesmo, na cadeira do corredor. A viagem dura mais ou menos 2 horas, dependendo do movimento da estrada, da quantidade de gente, paradas, essas coisas. Uma jovem bem simpática do meu lado, estudante, estava indo passar o fim-de-semana com os pais, sentada na cadeira que fica ao lado da janela, já se preparava pra enfrentar a estrada colocando nos ouvidos os fones ligados diretamente ao celular. Ainda estávamos na rodoviária.
Enquanto isso, ônibus ia entupindo de gente.
Bem a minha frente, em pé, com um monte de livros de medicina numa das mãos, outra jovem estudante, também bastante simpática, fazia o que?? Ligava o fone de ouvido ao celular com a outra mão. Pra facilitar a vida dela com o aparelho, (e temendo que os livros caíssem sobre minha cabeça na primeira curva) pedi os livros pra levar no colo.
Essa altura já havíamos saído da rodoviária, passando por Bayeux, eis que a outra jovem que estava sentada bem na cadeira do meio (no meu lado direito) toma que atitude???? Saca de dentro do bolso seu celular com o que??? um fone de ouvido, kkkkkkkkk.
Ficou uma cena meio surreal, pra mim. Alguns anos atrás isso seria inimaginável tanto do ponto de vista social/financeiro (nem todo mundo tinha grana pra comprar celular, que era sinal de status) quanto do ponto de vista físico (mesmo que tivesse a grana, o celular não pegava em todo lugar, não tinha sinal, rsss) e obviamente também eu fiz o que??? Peguei meu fone de ouvido, tasquei no meu celular e fui ouvindo/assistindo o show de Simone que havia gravado tempos atrás, em Recife, que adoro.
Minha curiosidade gritando querendo saber o que esse povo tava ouvindo, rs. Mas, de repente, não mais que de repente, numa das paradas durante o trajeto, entra uma mãe com 4 filhos, com idades entre 5 e 12 anos, bonitinhos e adivinhem... cada um com o SEU CELULAR, inclusive a mãe, obviamente!
O ônibus continuava lotado e eles acabam parando onde??? lá no fundo do busão, perto da gente. Aí, matei minha curiosidade sobre o que o povo ouve no celular (pelo menos o que eles ouviam). Um dos rapazes pôs música no celular dele e, no volume máximo (ele não tinha fone de ouvido, aliás, nenhum deles, buáaaaa!!!) e aí, tive que ouvir em alto e péssimo som (segurem-se, vai doer um pouquinho!!) "... O amor é feito capim mas veja que absurdo: a gente planta ele cresce, aí vem uma vaca e acaba tudo...", esse "clássico" da Banda Aviões do Forró, kkkkkkkkkkk. Não preciso dissertar sobre o nível musical do adolescente que foi de forró (desse tipo de forró) até o funk do MC não sei das quantas.
O interessante é que eles ficavam revezando o repertório entre os aparelhos celulares. Uma hora o som saía de um aparelho outra era de outro, mas sempre o mesmo "nível musical" e no mesmo volume, rss. A mãe deles até pedia pra eles abaixarem o volume de vez em quando, mas tinha hora que até ela cantava junto com eles.
Nem adiantava olhar de cara feia pra eles. Não estavam nem aí. Simplesmente ninguem mais conseguiu ouvir nada e "fomos obrigados" a aguentar esse repertório até eles descerem, em Guarabira (onde eu desci, também). Eita que foi dificil, amigos!!!!!
Papo de Ônibus - 12
Gente,
Tempão que não venho por aqui, preparando aulas, as voltas com um novo projeto pessoal, o blog que criei sobre a minha cidade (http://www.duasestradas-pb.blogspot.com/) e obviamente o meu trabalho, ou seja, muitas desculpas, né.
Mas, vamos ao motivo da minha volta. Faz dias que estou para postar uma história pro Papo de Ônibus, o que farei agora e pra compensar, postarei logo duas, estreando o Papo de Ônibus interestadual, rsss. Pois é, duas viagens que fiz, uma para Natal e outra pra minha cidade nesse último feriado.
Vamos a primeira:
Estava eu voltando de Natal, no horário das 9h30. No ônibus poucas pessoas. Umas 20, no máximo. Dessas, o destaque era um grupo de estudantes adolescentes, umas 8, 10, no máximo, que vinham participar de algum evento esportivo que estava acontecendo em João Pessoa, junto com seus treinadores. A história foi justamente com eles, eram dois.
Eles eram gays (a afirmação é pelo papo que ouvi, porque eles eram bem discretos, rss). Um tinha cara de ter uns 50 anos o outro um pouco mais jovem, uns 38, 40 anos, no máximo. Vou chama-los de zezinho (o mais velho) e toninho (o mais jovem).
Eles estavam sentados logo atrás da cadeira que eu estava. Então, sem mais delongas, ao papo:
- Menina, tu não sabe quem vi ontem lá na Ribeira!
- Quem, toninho???
- O Juvenal, lembra dele??? Menina, ele tá acabado, bicha! (imaginem aquela quebrada de munheca! Eu imaginei na hora, rss)
- Jura??? Faz tempo que não o vejo. Ele falou contigo???
- Nada, menina! Fingiu que não me viu. Porque será??? Tão lindo que ele era! Lembra da tatuagem que ele tinha nas costas??? (ele deu uma suspirada profunda e eu me segurei pra não rir, rsss)
- Só lembro! disse zezinho. E dá pra esquecer! (de novo, me segurei pra não rir). Como a pessoa muda, né. O Juvenal era um gato quando mais jovem, era disputado por "todas" (entenda-se todos). Quem pagava mais é que levava! (aí quem riu foi ele, aliás, os dois riram!). Ele deve está com uns 40 hoje, disse zezinho.
- É, respondeu toninho, mas parece mais velho do que voce, mulher! (riram de novo)
- Tá me chamando de velha, bicha!!!!???? Tu lembra daquela noite lá na casa da Mazé, ele tava lá rebolando e todo mundo babando, inclusive a gente, que quase brigou por causa dele??
- Se lembro e no final com quem ele foi embora??? Com a gabi, ficamos nós dois chupando dedo, kkkkkkkkk.
(Gente! nessa hora não aguentei, dei um risada um pouco mais alta, acho até que eles desconfiaram que estava prestando atenção no papo, rs.)
- Pois é, mas soube que ele casou, é pai e tudo, disse zezinho.
- E foi??? Só a gente não casa, né, mulher. Também como é que a gente vai casar andando com esse bocado de mulher, e riram os dois, de novo.
Depois desse papo, adormeci...
Tempão que não venho por aqui, preparando aulas, as voltas com um novo projeto pessoal, o blog que criei sobre a minha cidade (http://www.duasestradas-pb.blogspot.com/) e obviamente o meu trabalho, ou seja, muitas desculpas, né.
Mas, vamos ao motivo da minha volta. Faz dias que estou para postar uma história pro Papo de Ônibus, o que farei agora e pra compensar, postarei logo duas, estreando o Papo de Ônibus interestadual, rsss. Pois é, duas viagens que fiz, uma para Natal e outra pra minha cidade nesse último feriado.
Vamos a primeira:
Estava eu voltando de Natal, no horário das 9h30. No ônibus poucas pessoas. Umas 20, no máximo. Dessas, o destaque era um grupo de estudantes adolescentes, umas 8, 10, no máximo, que vinham participar de algum evento esportivo que estava acontecendo em João Pessoa, junto com seus treinadores. A história foi justamente com eles, eram dois.
Eles eram gays (a afirmação é pelo papo que ouvi, porque eles eram bem discretos, rss). Um tinha cara de ter uns 50 anos o outro um pouco mais jovem, uns 38, 40 anos, no máximo. Vou chama-los de zezinho (o mais velho) e toninho (o mais jovem).
Eles estavam sentados logo atrás da cadeira que eu estava. Então, sem mais delongas, ao papo:
- Menina, tu não sabe quem vi ontem lá na Ribeira!
- Quem, toninho???
- O Juvenal, lembra dele??? Menina, ele tá acabado, bicha! (imaginem aquela quebrada de munheca! Eu imaginei na hora, rss)
- Jura??? Faz tempo que não o vejo. Ele falou contigo???
- Nada, menina! Fingiu que não me viu. Porque será??? Tão lindo que ele era! Lembra da tatuagem que ele tinha nas costas??? (ele deu uma suspirada profunda e eu me segurei pra não rir, rsss)
- Só lembro! disse zezinho. E dá pra esquecer! (de novo, me segurei pra não rir). Como a pessoa muda, né. O Juvenal era um gato quando mais jovem, era disputado por "todas" (entenda-se todos). Quem pagava mais é que levava! (aí quem riu foi ele, aliás, os dois riram!). Ele deve está com uns 40 hoje, disse zezinho.
- É, respondeu toninho, mas parece mais velho do que voce, mulher! (riram de novo)
- Tá me chamando de velha, bicha!!!!???? Tu lembra daquela noite lá na casa da Mazé, ele tava lá rebolando e todo mundo babando, inclusive a gente, que quase brigou por causa dele??
- Se lembro e no final com quem ele foi embora??? Com a gabi, ficamos nós dois chupando dedo, kkkkkkkkk.
(Gente! nessa hora não aguentei, dei um risada um pouco mais alta, acho até que eles desconfiaram que estava prestando atenção no papo, rs.)
- Pois é, mas soube que ele casou, é pai e tudo, disse zezinho.
- E foi??? Só a gente não casa, né, mulher. Também como é que a gente vai casar andando com esse bocado de mulher, e riram os dois, de novo.
Depois desse papo, adormeci...
Papo de Ônibus - 11
Hoje, paguei um grande mico no ônibus, rss. Um não, vários. Foi muito engraçado.
Tava muito complicado de arranjar um lugarzinho pra sentar, ônibus lotadaço, muita, muita gente... finalmente na Epitácio consegui um lugarzinho e sentei do lado de uma moça que tinha certeza, conhecia de algum lugar... e aí é que começa o "king kong", rss.
Fla: Oi, tudo bem?
Ela: Oi, td joia e voce?
Fla: Eu to lembrando de voce de algum lugar, por acaso trabalhastes na Antares*? perguntei.
Ela parecia demais com uma recepcionista que passou pela agência na epóca que eu trabalhava por la.
Ela: O que, Antares???
Eita! não é da Antares (primeiro mico)
Continua o papo...
Fla: certo, não é da Antares, mas eu te conheço de algum lugar, tenho certeza.
Ela rindo, disse: do Colégio Santo Antonio, fizemos o segundo grau juntas, em Guarabira.
Fla: Eita, menina faz tempo isso, hein! Pelo menos uns 12, 15 anos, rss.
Ela: É verdade, faz tempo mesmo. Flávia é o teu nome, né???
Fla: Sim, eu não lembro do seu, desculpe.
Ela: Antonia**. Eu trabalhava numa livraria em Guarabira
Fla: Sim, agora to lembrando... voce trabalhava na livraria de Seu José**.
Ela: Não, não, na livraria do João**
Eita! (segundo mico)
Continua o papo...
Fla: Claro, agora to lembrando, voce trabalhava na livraria da familia de Fulano de Tal.
Outro dia tava conversando com uma amiga que também estudou com a gente, sobre essa epóca, como era legal, né. Somos amigas até hoje.
Ela: Tambem continuo amiga de Maria** até hoje, desde aquela epóca, voce lembra dela??
Fla: Lembro sim, não era uma morena, baixinha, cabelo longo???
Ela: Não, ela era mais alta que eu, bem alta, clara, de olhos verdes e o cabelo dela nao era tão longo.
kkkkkkkkkkk, terceiro mico em menos de 10 minutos, acreditem! Perdi várias oportunidades de ficar calada, rsss.
Fla: Definitivamente preciso de mais memória pro meu HD, não acertei uma, rss.
Ela riu e já foi levantando porque tava chegando a parada dela.
Nos despedimos na promessa de nos reencontrarmos no ônibus (ela disse que já havia me visto várias vezes mas nunca tinha tido a oportunidade de falar porque o ônibus tá sempre tão lotado, rsss)
*Antares é uma agência de publicidade aqui de João Pessoa.
**Nomes ficíticios
Tava muito complicado de arranjar um lugarzinho pra sentar, ônibus lotadaço, muita, muita gente... finalmente na Epitácio consegui um lugarzinho e sentei do lado de uma moça que tinha certeza, conhecia de algum lugar... e aí é que começa o "king kong", rss.
Fla: Oi, tudo bem?
Ela: Oi, td joia e voce?
Fla: Eu to lembrando de voce de algum lugar, por acaso trabalhastes na Antares*? perguntei.
Ela parecia demais com uma recepcionista que passou pela agência na epóca que eu trabalhava por la.
Ela: O que, Antares???
Eita! não é da Antares (primeiro mico)
Continua o papo...
Fla: certo, não é da Antares, mas eu te conheço de algum lugar, tenho certeza.
Ela rindo, disse: do Colégio Santo Antonio, fizemos o segundo grau juntas, em Guarabira.
Fla: Eita, menina faz tempo isso, hein! Pelo menos uns 12, 15 anos, rss.
Ela: É verdade, faz tempo mesmo. Flávia é o teu nome, né???
Fla: Sim, eu não lembro do seu, desculpe.
Ela: Antonia**. Eu trabalhava numa livraria em Guarabira
Fla: Sim, agora to lembrando... voce trabalhava na livraria de Seu José**.
Ela: Não, não, na livraria do João**
Eita! (segundo mico)
Continua o papo...
Fla: Claro, agora to lembrando, voce trabalhava na livraria da familia de Fulano de Tal.
Outro dia tava conversando com uma amiga que também estudou com a gente, sobre essa epóca, como era legal, né. Somos amigas até hoje.
Ela: Tambem continuo amiga de Maria** até hoje, desde aquela epóca, voce lembra dela??
Fla: Lembro sim, não era uma morena, baixinha, cabelo longo???
Ela: Não, ela era mais alta que eu, bem alta, clara, de olhos verdes e o cabelo dela nao era tão longo.
kkkkkkkkkkk, terceiro mico em menos de 10 minutos, acreditem! Perdi várias oportunidades de ficar calada, rsss.
Fla: Definitivamente preciso de mais memória pro meu HD, não acertei uma, rss.
Ela riu e já foi levantando porque tava chegando a parada dela.
Nos despedimos na promessa de nos reencontrarmos no ônibus (ela disse que já havia me visto várias vezes mas nunca tinha tido a oportunidade de falar porque o ônibus tá sempre tão lotado, rsss)
*Antares é uma agência de publicidade aqui de João Pessoa.
**Nomes ficíticios
Papo de Ônibus - 10
Semana passada (07/05) presenciei pela primeira no ônibus um diálogo sem palavras, esquisito isso, né. Mas, foi bastante intrigante pra mim, fiquei pensando como descreveria aqui essa história. Mas o título veio prontinho na cabeça:
PRIMEIRO DIÁLOGO SEM PALAVRAS DO PAPO DE ÔNIBUS
Havia no banco sentadas, a minha frente, duas mulheres. Uma sentada do lado da janela, era estudante, bastante jovem, talvez uns 15, 16 anos (se muito). A outra, do lado do corredor devia ter pelo menos uns 40 anos a mais que a menina, ou seja, uma senhora de pelo menos uns 50 anos. Elas pareciam nao se conhecer porque nao trocavam nenhuma palavra. Cada uma na sua e com nada em comum (só pra lembrar um pouquinho do slogan daquele cigarro, rsss).
Estava chovendo muito e todas as janelas do ônibus fechadas porque ninguem queria se molhar, óbvio, mas quando isso acontece (e quem anda de ônibus sabe) fica muito quente por causa do calor humano.
Então, a certa altura da viagem, quando a chuva já havia diminuido a senhora não pensou duas vezes, puxou a janela pra entrar um arzinho porque realmente estava muito quente.
Quase que instantaneamente a adolescente sem ter o mínimo de respeito pela senhora, empurrou a janela de volta, fechando-a.
Mas, amigos, garanto a voces, não foi um empurraozinho qualquer, a guria quase quebra a janela com a força colocada pra fechar a janela. Logo que fez isso ela olhou pra mulher com a cara mais feia do mundo, querendo dizer algo do tipo: essa janela é minha e nela quem manda sou eu!
Aí, pensei: Meu Deus! essa mulher vai quebrar o pau agora, esculhambar com essa guria, la vem baixaria!
Sabem o que aconteceu? A mulher olhou pra cara da menina, como quem diz: Sou muito mais experiente que voce, minha filha, não me troco por qualquer merda! Não vou me sujar nem estragar meu dia por sua causa!
Levantou devagar e altiva, foi sentar em outra cadeira um pouco mais a frente (nessas alturas já estávamos na Epitácio, metade do povo que vinha no ônibus já havia descido, por isso, tinha cadeira vazia,rss)
Fiquei olhando pra guria, que fingiu não ter acontecido nada.
Eu não consegui fingir. Fiquei olhando ao redor pra ver se mais alguem tinha acompanhado esse "diálogo" e pelo que percebi, só eu mesmo tinha prestado atenção nisso.
Vim o resto do caminho com dois pensamentos na cabeça.
Já não se faz mais adolescente como antigamente, nunca na minha vida teria coragem de fazer algo parecido com o que essa menina fez, tamanho o desrepeito que ela teve com aquela senhora (e tenho certeza que muitos dos que passam por aqui, também não).
E, será que aquela menina entendeu a lição de moral que recebeu naquele dia? Sim, porque foi exatamente isso que aquela senhora fez. Deu uma bela lição de como agir em determinadas situações. Que muitas vezes é melhor calar do que abrir a boca e falar besteira.
Aprendi demais com essa história!
PRIMEIRO DIÁLOGO SEM PALAVRAS DO PAPO DE ÔNIBUS
Havia no banco sentadas, a minha frente, duas mulheres. Uma sentada do lado da janela, era estudante, bastante jovem, talvez uns 15, 16 anos (se muito). A outra, do lado do corredor devia ter pelo menos uns 40 anos a mais que a menina, ou seja, uma senhora de pelo menos uns 50 anos. Elas pareciam nao se conhecer porque nao trocavam nenhuma palavra. Cada uma na sua e com nada em comum (só pra lembrar um pouquinho do slogan daquele cigarro, rsss).
Estava chovendo muito e todas as janelas do ônibus fechadas porque ninguem queria se molhar, óbvio, mas quando isso acontece (e quem anda de ônibus sabe) fica muito quente por causa do calor humano.
Então, a certa altura da viagem, quando a chuva já havia diminuido a senhora não pensou duas vezes, puxou a janela pra entrar um arzinho porque realmente estava muito quente.
Quase que instantaneamente a adolescente sem ter o mínimo de respeito pela senhora, empurrou a janela de volta, fechando-a.
Mas, amigos, garanto a voces, não foi um empurraozinho qualquer, a guria quase quebra a janela com a força colocada pra fechar a janela. Logo que fez isso ela olhou pra mulher com a cara mais feia do mundo, querendo dizer algo do tipo: essa janela é minha e nela quem manda sou eu!
Aí, pensei: Meu Deus! essa mulher vai quebrar o pau agora, esculhambar com essa guria, la vem baixaria!
Sabem o que aconteceu? A mulher olhou pra cara da menina, como quem diz: Sou muito mais experiente que voce, minha filha, não me troco por qualquer merda! Não vou me sujar nem estragar meu dia por sua causa!
Levantou devagar e altiva, foi sentar em outra cadeira um pouco mais a frente (nessas alturas já estávamos na Epitácio, metade do povo que vinha no ônibus já havia descido, por isso, tinha cadeira vazia,rss)
Fiquei olhando pra guria, que fingiu não ter acontecido nada.
Eu não consegui fingir. Fiquei olhando ao redor pra ver se mais alguem tinha acompanhado esse "diálogo" e pelo que percebi, só eu mesmo tinha prestado atenção nisso.
Vim o resto do caminho com dois pensamentos na cabeça.
Já não se faz mais adolescente como antigamente, nunca na minha vida teria coragem de fazer algo parecido com o que essa menina fez, tamanho o desrepeito que ela teve com aquela senhora (e tenho certeza que muitos dos que passam por aqui, também não).
E, será que aquela menina entendeu a lição de moral que recebeu naquele dia? Sim, porque foi exatamente isso que aquela senhora fez. Deu uma bela lição de como agir em determinadas situações. Que muitas vezes é melhor calar do que abrir a boca e falar besteira.
Aprendi demais com essa história!
Papo de Ônibus - 09
Gente,
Faz tempo que nao venho por aqui. Trabalhando, estudando pras aulas, enfim...Muita coisa. O que me trouxe aqui foi uma nova história do Papo de Ônibus, pois é, depois de tanto tempo...
Vamos lá...
Quando entrei no ônibus senti um clima meio estranho, todo mundo num bochicho só, comentando sobre uma discussão que tinha rolado umas paradas antes da minha sobre a super lotação que tem acontecido ultimamente nas linhas que passam pelo meu bairro e adjacências... que a galera não cede lugar aos mais velhos, grávidas, etc.
Já peguei o ônibus andando nessa história (literalmente, rss)
Algumas paradas após, consegui sentar e logo a minha frente duas senhoras conversando, uma em pé a outra sentada no banco do corredor.
A que estava em pé devia ter no máximo uns 30 mas com cara de 40 anos, a outra um pouco mais jovem, inclusive, de aparência. Ambas morenas (ou negras, ou afrodescendentes, podem escolher, rs)
A que estava em pé falava alto, gesticulava gastante, justamente sobre essa história que ninguem mais respeita os mais velhos e não sei que, e a partir daí contou a história...
- Minha filha, tu num sabe! Esse povo novo num respeita mais ninguem de idade, não. Outro dia fui viajar com meu pai, que já tem quase 80, pra Itapororoca e fumo nesses ônibu que pega lá na rodoviária.
Ele tava meio adoentado mas queria ir pra la de todo jeito, pra piorá quando cheguemo lá só tinha lugar em pé (lugar em pé??, rsss) mas ele queria ir de todo jeito, aí nós compremo as passage.
Imaginei eu que, como ele era véi, alguem ia ceder lugar pra ele quando a gente entrasse no ônibus, mas ninguem nem se mexeu, tu acha?
- Quando a gente entrou no ônibu, nas primeira cadera tinha uma mulher sentada no corredô com o filho sentado na janela... virou a cara, nem olhou sequer! Fiquei esperando o ônibu sair da rodoviária e soltei: Será que a sinhora num poderia botar seu fio no colo pro meu pai sentá aí? Ele tá mei adoentado...
Aí a mulher me disse, toda cheia de direito!
- Minha filha! Eu comprei cadeira. A senhora vai pra onde?
- Itapororoca, eu disse. Aí, ela disse:
- Eu desço antes, aí voces sentam.
- Tu acredita nisso??? Fiquei pra num viver de raiva! Graças a Deus arranjei outro lugar pro meu pai sentar.
E a amiga dela só balançava a cabeça feito lagartixa e eu só ouvindo (e rindo!)
- Chegou a cidade que ela ia descer e eu fiquei só esperando pra soltar a minha... Quando ela já tava lá na porta do ônibu eu gritei:
- Eiiiiii!! O ônibu todim olhou pra ela e pra mim, eu achei foi bom. Ela olhou e eu disse:
- A senhora num vai levar as cadeira nao???
- E ela? perguntou a que estava sentada
- Ela olhou pra mim e disse, O que??? Aí eu lasquei ela, disse: A senhora num disse que comprou a cadera??? Num vai levar, não???
Ela disse que todo mundo que tava no ônibus interestadual se acabou de rir e que a mulher desceu do ônibus esculhambando com ela, só nao chamou ela de santa, rsss.
Eu e o povo que estava próximo dela se acabando de rir, com a história, também, rsss
Faz tempo que nao venho por aqui. Trabalhando, estudando pras aulas, enfim...Muita coisa. O que me trouxe aqui foi uma nova história do Papo de Ônibus, pois é, depois de tanto tempo...
Vamos lá...
Quando entrei no ônibus senti um clima meio estranho, todo mundo num bochicho só, comentando sobre uma discussão que tinha rolado umas paradas antes da minha sobre a super lotação que tem acontecido ultimamente nas linhas que passam pelo meu bairro e adjacências... que a galera não cede lugar aos mais velhos, grávidas, etc.
Já peguei o ônibus andando nessa história (literalmente, rss)
Algumas paradas após, consegui sentar e logo a minha frente duas senhoras conversando, uma em pé a outra sentada no banco do corredor.
A que estava em pé devia ter no máximo uns 30 mas com cara de 40 anos, a outra um pouco mais jovem, inclusive, de aparência. Ambas morenas (ou negras, ou afrodescendentes, podem escolher, rs)
A que estava em pé falava alto, gesticulava gastante, justamente sobre essa história que ninguem mais respeita os mais velhos e não sei que, e a partir daí contou a história...
- Minha filha, tu num sabe! Esse povo novo num respeita mais ninguem de idade, não. Outro dia fui viajar com meu pai, que já tem quase 80, pra Itapororoca e fumo nesses ônibu que pega lá na rodoviária.
Ele tava meio adoentado mas queria ir pra la de todo jeito, pra piorá quando cheguemo lá só tinha lugar em pé (lugar em pé??, rsss) mas ele queria ir de todo jeito, aí nós compremo as passage.
Imaginei eu que, como ele era véi, alguem ia ceder lugar pra ele quando a gente entrasse no ônibus, mas ninguem nem se mexeu, tu acha?
- Quando a gente entrou no ônibu, nas primeira cadera tinha uma mulher sentada no corredô com o filho sentado na janela... virou a cara, nem olhou sequer! Fiquei esperando o ônibu sair da rodoviária e soltei: Será que a sinhora num poderia botar seu fio no colo pro meu pai sentá aí? Ele tá mei adoentado...
Aí a mulher me disse, toda cheia de direito!
- Minha filha! Eu comprei cadeira. A senhora vai pra onde?
- Itapororoca, eu disse. Aí, ela disse:
- Eu desço antes, aí voces sentam.
- Tu acredita nisso??? Fiquei pra num viver de raiva! Graças a Deus arranjei outro lugar pro meu pai sentar.
E a amiga dela só balançava a cabeça feito lagartixa e eu só ouvindo (e rindo!)
- Chegou a cidade que ela ia descer e eu fiquei só esperando pra soltar a minha... Quando ela já tava lá na porta do ônibu eu gritei:
- Eiiiiii!! O ônibu todim olhou pra ela e pra mim, eu achei foi bom. Ela olhou e eu disse:
- A senhora num vai levar as cadeira nao???
- E ela? perguntou a que estava sentada
- Ela olhou pra mim e disse, O que??? Aí eu lasquei ela, disse: A senhora num disse que comprou a cadera??? Num vai levar, não???
Ela disse que todo mundo que tava no ônibus interestadual se acabou de rir e que a mulher desceu do ônibus esculhambando com ela, só nao chamou ela de santa, rsss.
Eu e o povo que estava próximo dela se acabando de rir, com a história, também, rsss
Papo de Ônibus - 08
Tenho uma amiga que diz que se eu for na esquina de qualquer lugar do mundo e conversar cinco minutos com alguém descubro que essa pessoa ou é, ou conhece, ou tem família, ou tem um amigo, ou já foi, ou no mínimo já ouviu falar em Duas Estradas, minha amada e famosa cidade, rsss (ok, o famosa é por minha conta).
Pois bem, meu Papo de Ônibus hoje foi mais ou menos assim.
Estava em pé no ônibus, esperando aparecer um lugarzinho pra sentar, o que aconteceu pertinho da Praça dos Muriçocas, em Miramar. Sento ao lado de uma senhora de baixa estatura, branquinha, cabelos de igual cor e sorriso fácil, que estava com um cacho de banana madura dentro de um saco transparente (tipo aqueles de supermercado), no colo, achei engraçado, mas não comentei nada.
Ela tinha acabado de tirar um segundo saco desse dito cacho e estava dobrando de uma forma toda especial, de modo que o saco ficou bem pequeno. Infelizmente não saberia aqui descrever o jeito como ela dobrava, mas fiquei prestando atenção pra aprender e ela percebeu.
Muito gentil perguntou: Voce quer aprender a dobrar desse jeito?
Disse que sim, que tinha um montão desses sacos lá em casa, e que seria ótimo porque ganharia um espaço enorme em meu armário. Ela riu e me ensinou.
Logo depois perguntei a ela quem a havia ensinado dobrar o saco daquela forma.
Minha tia, ela disse. Quando morei no interior, faz tempo. Minha tia morava perto da gente e de vez em quando me ensinava umas coisinhas.
Aí, a pergunta mágica. Que interior??? (minha amiga, quando ler isso aqui, vai morrer de rir, kkkk)
Ela disse: Sertãozinho.
E eu: Ah!! pertinho da minha terra.
E ela: Sua terra? Você é de onde?
Duas Estradas, falei.
Nesse momento, parece que liguei o botão do túnel do tempo da mulher. Olhinho brilhou e ela desatou a falar e lembrar das coisas de quando morou lá na região. Já, que , segundo ela, morou em Duas Estradas, Sertãozinho e Pirpirituba.
Eu já morei lá quando era criança, ela disse. Acho que nem era cidade, ainda. Tinha o armazém de tecido de seu Rozil (nem sei era esse o nome, ou o dono), era na esquina, perto da Estação do Trem.
Meu pai era fiscal e minha mãe era a madrinha de um dos filhos do pessoal do armazém, não lembro do nome agora. Lembro que ele convidou a gente pra ir morar numa casa bem grande que tinha logo depois da estação na subida de uma ladeira. Era mal-assombrada, lembro até hoje da minha mãe dizendo que ouviu a porta bater e outras coisas.
Disse isso e riu e eu ri junto. Lembrei que as pessoas que moraram lá sempre fizeram esse comentário.
E ela continuou... Era uma alegria quando o trem chegava, a gente ficava só esperando dar a hora. Vê as pessoas descendo do trem. Lá em Sertãozinho também, fiquei triste quando derrubaram a estação de lá, chorei e tudo.
Ela também lembrou de pessoas, sobrenomes de famílias da época que morava lá em Sertãozinho. Já chegando sua parada, perguntei qual era o seu nome, Lourdinha, ela disse. Infelizmente esqueci de perguntar seu sobrenome. Mas ainda perguntei sua idade, e me disse, 74 anos. Desceu lá na parada do Extra. Ia visitar a irmã, que mora pertinho dali.
Fiquei admirada com a memória que ela tinha pra fatos, nomes, situações que viveu. Parece que a infância dela foi realmente marcante. Tanto quanto foi a minha, em Duas Estradas. Por isso que amo tanto minha terra e carrego comigo um pedacinho dela pra onde eu for.
Pois bem, meu Papo de Ônibus hoje foi mais ou menos assim.
Estava em pé no ônibus, esperando aparecer um lugarzinho pra sentar, o que aconteceu pertinho da Praça dos Muriçocas, em Miramar. Sento ao lado de uma senhora de baixa estatura, branquinha, cabelos de igual cor e sorriso fácil, que estava com um cacho de banana madura dentro de um saco transparente (tipo aqueles de supermercado), no colo, achei engraçado, mas não comentei nada.
Ela tinha acabado de tirar um segundo saco desse dito cacho e estava dobrando de uma forma toda especial, de modo que o saco ficou bem pequeno. Infelizmente não saberia aqui descrever o jeito como ela dobrava, mas fiquei prestando atenção pra aprender e ela percebeu.
Muito gentil perguntou: Voce quer aprender a dobrar desse jeito?
Disse que sim, que tinha um montão desses sacos lá em casa, e que seria ótimo porque ganharia um espaço enorme em meu armário. Ela riu e me ensinou.
Logo depois perguntei a ela quem a havia ensinado dobrar o saco daquela forma.
Minha tia, ela disse. Quando morei no interior, faz tempo. Minha tia morava perto da gente e de vez em quando me ensinava umas coisinhas.
Aí, a pergunta mágica. Que interior??? (minha amiga, quando ler isso aqui, vai morrer de rir, kkkk)
Ela disse: Sertãozinho.
E eu: Ah!! pertinho da minha terra.
E ela: Sua terra? Você é de onde?
Duas Estradas, falei.
Nesse momento, parece que liguei o botão do túnel do tempo da mulher. Olhinho brilhou e ela desatou a falar e lembrar das coisas de quando morou lá na região. Já, que , segundo ela, morou em Duas Estradas, Sertãozinho e Pirpirituba.
Eu já morei lá quando era criança, ela disse. Acho que nem era cidade, ainda. Tinha o armazém de tecido de seu Rozil (nem sei era esse o nome, ou o dono), era na esquina, perto da Estação do Trem.
Meu pai era fiscal e minha mãe era a madrinha de um dos filhos do pessoal do armazém, não lembro do nome agora. Lembro que ele convidou a gente pra ir morar numa casa bem grande que tinha logo depois da estação na subida de uma ladeira. Era mal-assombrada, lembro até hoje da minha mãe dizendo que ouviu a porta bater e outras coisas.
Disse isso e riu e eu ri junto. Lembrei que as pessoas que moraram lá sempre fizeram esse comentário.
E ela continuou... Era uma alegria quando o trem chegava, a gente ficava só esperando dar a hora. Vê as pessoas descendo do trem. Lá em Sertãozinho também, fiquei triste quando derrubaram a estação de lá, chorei e tudo.
Ela também lembrou de pessoas, sobrenomes de famílias da época que morava lá em Sertãozinho. Já chegando sua parada, perguntei qual era o seu nome, Lourdinha, ela disse. Infelizmente esqueci de perguntar seu sobrenome. Mas ainda perguntei sua idade, e me disse, 74 anos. Desceu lá na parada do Extra. Ia visitar a irmã, que mora pertinho dali.
Fiquei admirada com a memória que ela tinha pra fatos, nomes, situações que viveu. Parece que a infância dela foi realmente marcante. Tanto quanto foi a minha, em Duas Estradas. Por isso que amo tanto minha terra e carrego comigo um pedacinho dela pra onde eu for.
Papo de Ônibus - 07
Dessa vez, eu sou a protagonista do Papo de ônibus.
Quem me conhece sabe que adoro ler, então, sempre ando com um livro a tiracolo porque quando tenho uma brecha, já começo a ler. No ônibus não é diferente. Sempre que consigo sentar já vou tirando o livrinho da bolsa e foi o que aconteceu semana passada. Sentei, tirei o livro da bolsa e logo na parada seguinte um senhor sentou ao meu lado e...
- Tá quente, né, Dona.
- Tá sim, disse, com cara de poucos amigos (eu não gosto de ser interrompida quando estou lendo, principalmente nesses últimos dias porque tenho tido pouquíssimo tempo pra ler)
- Isso aqui já é Epitácio?
- Não, ainda estamos no Miramar, Epitácio é daqui a pouquinho, uns minutinhos e já chega.
- A senhora tá lendo o que?
Mostrei a capa do livro e disse: Memórias do Olhar, de Raul Córdula. E voltei a ler.
- Raul Córdula? Não conheço esse escritor. Ele é daqui?
- Não sei ao certo, apenas que é artista plástico, escritor, mora em Olinda mas tem uma ligação muito estreita com João Pessoa, inclusive, esse livro é sobre artistas paraibanos da década de 50, a vida, um pouco da obra deles e tal.
Nisso, já tava quase desistindo da leitura mas já me animei porque o ônibus dobrou a esquina e chegou na Epitácio. Prontamente já avisei: Aqui é Epitácio, o Senhor vai descer por aqui?
Ele disse: Ia, mas tá tão bom o papo que decidi descer lá na Lagoa mesmo. Me fale mais sobre esse livro...
Só fiz fechar o livro e entucar na bolsa. Desisti da leitura. Percebi que ele só queria um desculpar para conversar e foi o que fizemos até a parada que eu desço, até que o papo foi bom, rss.
Quem me conhece sabe que adoro ler, então, sempre ando com um livro a tiracolo porque quando tenho uma brecha, já começo a ler. No ônibus não é diferente. Sempre que consigo sentar já vou tirando o livrinho da bolsa e foi o que aconteceu semana passada. Sentei, tirei o livro da bolsa e logo na parada seguinte um senhor sentou ao meu lado e...
- Tá quente, né, Dona.
- Tá sim, disse, com cara de poucos amigos (eu não gosto de ser interrompida quando estou lendo, principalmente nesses últimos dias porque tenho tido pouquíssimo tempo pra ler)
- Isso aqui já é Epitácio?
- Não, ainda estamos no Miramar, Epitácio é daqui a pouquinho, uns minutinhos e já chega.
- A senhora tá lendo o que?
Mostrei a capa do livro e disse: Memórias do Olhar, de Raul Córdula. E voltei a ler.
- Raul Córdula? Não conheço esse escritor. Ele é daqui?
- Não sei ao certo, apenas que é artista plástico, escritor, mora em Olinda mas tem uma ligação muito estreita com João Pessoa, inclusive, esse livro é sobre artistas paraibanos da década de 50, a vida, um pouco da obra deles e tal.
Nisso, já tava quase desistindo da leitura mas já me animei porque o ônibus dobrou a esquina e chegou na Epitácio. Prontamente já avisei: Aqui é Epitácio, o Senhor vai descer por aqui?
Ele disse: Ia, mas tá tão bom o papo que decidi descer lá na Lagoa mesmo. Me fale mais sobre esse livro...
Só fiz fechar o livro e entucar na bolsa. Desisti da leitura. Percebi que ele só queria um desculpar para conversar e foi o que fizemos até a parada que eu desço, até que o papo foi bom, rss.
Papo de Ônibus - 06
Dois jovens homossexuais (bichinha é preconceituoso) animados, muito animados, já entraram falando alto no ônibus que estava lotado. Tinham idade entre 20, 22 anos (descobri durante a conversa que era mais ou menos por aí mesmo).Era início de noite, 19 horas, mais ou menos.
Eram amigos e estavam voltando da escola, pelo que entendi. No meio do ônibus, enquanto procuravam lugar pra se acomodar, um deles encontrou a tia, daí, já viram o fuá, né, rsss. Foi muito engraçado o papo que descrevo abaixo.
Atenção: eles não falavam, eles GRITAVAM, enquanto conversavam, então imaginem que o ônibus todo participou da conversa.
- Tia mulher, tu por aqui. Tudo joia? Nem fosse pra minha festa de aniversário? Porque, hein?
- Porque não fui convidada, só por isso. Tu lembra de ter me convidado? Eu não lembro de ter recebido convite. Ela disse isso rindo alto.
Nessa hora o ônibus todo caiu na gargalhada, ele ficou todo sem graça, riu e disse que tia não precisa convidar porque já é de casa (vê que desculpa horrorosa, rss)
- Mulher, mas nao perdesse nada, visse, a festa foi um horror! Tinha mais gente que comida. Bando de pobre que parecia nunca ter ir a uma festa chique, com comida boa e diferente (novas gargalhadas no ônibus).
A tia perguntou: Fizesse o que pra comer?
Ele saiu dizendo... salpicão, arroz com passas e ainda fiz um bolo de noiva (!) de 25kg. Quase fico sem braço de tanto fazer comida. Povo horroroso! Não sabe se comportar. Naaaaão!
A tia: vixe maria! E tinha quantas pessoas nessa festa?
- Menina, tinha pra mais de 100! respondeu ele. E o povo ainda saiu falando que eu soube. Que tinha pouca comida, pouca bebida. Tu acha!? A gente convida um e chega logo 5! A comida nunca ia dá, né não!
- Ele disse: Ano que vem, minha filha, já sei... nos meus 21 anos eu vou comemorar numa pizzaria e cada um que pague a sua pizza e ainda vão pagar a minha porque eu que sou o aniversariante, né.
Disse isso e deu uma daquelas gargalhadas que só gay sabe, kkkkkkkk. A tia e todo o ônibus que tava ouvindo a conversa riu junto, claro.
- Chega, tá chegando nossa parada, bicha! Ele disse pro amigo, que durante toda a conversa só confirmava tudo que ele dizia, tipo papagaio de pirata, saca!
- Tchau tia, depois vou na tua casa. Disse isso já se encaminhando pra porta do ônibus e a tia do lado de cá, gritou: Me chame pro rodízio ano que vem que eu vou e ainda pago a minha pizza, tá!
O que aconteceu? O ônibus todo caiu na gargalhada, de novo!
Eram amigos e estavam voltando da escola, pelo que entendi. No meio do ônibus, enquanto procuravam lugar pra se acomodar, um deles encontrou a tia, daí, já viram o fuá, né, rsss. Foi muito engraçado o papo que descrevo abaixo.
Atenção: eles não falavam, eles GRITAVAM, enquanto conversavam, então imaginem que o ônibus todo participou da conversa.
- Tia mulher, tu por aqui. Tudo joia? Nem fosse pra minha festa de aniversário? Porque, hein?
- Porque não fui convidada, só por isso. Tu lembra de ter me convidado? Eu não lembro de ter recebido convite. Ela disse isso rindo alto.
Nessa hora o ônibus todo caiu na gargalhada, ele ficou todo sem graça, riu e disse que tia não precisa convidar porque já é de casa (vê que desculpa horrorosa, rss)
- Mulher, mas nao perdesse nada, visse, a festa foi um horror! Tinha mais gente que comida. Bando de pobre que parecia nunca ter ir a uma festa chique, com comida boa e diferente (novas gargalhadas no ônibus).
A tia perguntou: Fizesse o que pra comer?
Ele saiu dizendo... salpicão, arroz com passas e ainda fiz um bolo de noiva (!) de 25kg. Quase fico sem braço de tanto fazer comida. Povo horroroso! Não sabe se comportar. Naaaaão!
A tia: vixe maria! E tinha quantas pessoas nessa festa?
- Menina, tinha pra mais de 100! respondeu ele. E o povo ainda saiu falando que eu soube. Que tinha pouca comida, pouca bebida. Tu acha!? A gente convida um e chega logo 5! A comida nunca ia dá, né não!
- Ele disse: Ano que vem, minha filha, já sei... nos meus 21 anos eu vou comemorar numa pizzaria e cada um que pague a sua pizza e ainda vão pagar a minha porque eu que sou o aniversariante, né.
Disse isso e deu uma daquelas gargalhadas que só gay sabe, kkkkkkkk. A tia e todo o ônibus que tava ouvindo a conversa riu junto, claro.
- Chega, tá chegando nossa parada, bicha! Ele disse pro amigo, que durante toda a conversa só confirmava tudo que ele dizia, tipo papagaio de pirata, saca!
- Tchau tia, depois vou na tua casa. Disse isso já se encaminhando pra porta do ônibus e a tia do lado de cá, gritou: Me chame pro rodízio ano que vem que eu vou e ainda pago a minha pizza, tá!
O que aconteceu? O ônibus todo caiu na gargalhada, de novo!
Papo de Ônibus - 05
Amigos,
Desculpem-me a ausência com o Papo de Ônibus por esses dias.
Acho que, ou o povo anda muito preocupado com outras coisas e não tem conversado tanto, ou eu ando muito preocupada com as minhas coisas e não tenho dado a devida "atenção" à conversa dos outros, no ônibus, rss.
Esse papo rolou não exatamente dentro do ônibus, foi no ponto, a espera do veículo. No ponto vale também, né, rss.
Três mulheres conversando. Todas bastante jovens, na faixa dos 25 anos. Pelo que entendi da conversa, as tres trabalham em lojas que vendem roupas femininas, em diferentes lugares. A conversa que rolou foi sobre um acontecimento no trabalho de uma delas.
Vou nomeá-las: Mulher 1, Mulher 2 e Mulher 3.
Mulher 01, vestida para matar as 7h30 da manhã, no rosto, uma tela de LCD de 42 polegadas cobrindo os olhos (roubei essa expressão do filme Divã, que achei perfeita. Denominação dada a esses novos modelos de óculos enormeeeeesss), cumprimenta a Mulher 2: Diz aí, mulher, tudo bom?
Mulher 02, chegando no ponto de ônibus vestida um pouco mais discreta, também exibindo uma tela de LCD um pouco menor, de 36 polegadas, cara amarrada, responde: Que nada! tô com um ódio daquele povo da loja, tu num tem nem noção! Peguei uma briga com aquelazinha que trabalha comigo ontem, nêga. Quase sai na tapa, com ela.
Mulher 01, com cara de nenhuma surpresa diz: Num te disse que mais cedo ou mais tarde ia acontecer isso? Eu conheço ela, já trabalhou com uma amiga minha em outra loja e pegou briga com todo mundo lá. Essa menina é de lascar! Não gosta de trabalhar. Fica se escorando nos outros. Num tem quem aguente!
Mulher 02, balançando a cabeça afirmativamente, emenda: E então! Só lembrei de tu quando aconteceu. Bem que Mulher 01 tinha me dito que tivesse cuidado com essazinha! Taí no que deu! Foi pau, nêga! Tu acredita que ela veio botar o dedo na minha cara? Não sei nem sei porque não quebrei aquele dedo, visse! Me bateu uma calma na hora sei lá de onde, mas que deu vontade de avançar, deu! Mas lembrei que a gente tava na loja, as câmeras gravando tudo, ia ficar feio pra mim.
N.R: Mais feio do que já tava!, pensei, rss.
Nisso chega a Mulher 03, que estava mais discretamente vestida. Nem estava com tela de LCD! (Até senti falta, rsss)
Mulher 03: E aí, meninas, as novidades???
Mulher 02: Novidade? A que Mulher 01 tá contando aqui. Lembra daquela fulaninha que já trabalhou na loja ABC* com Maria*?
Mulher 03: Sim, que não queria nada com a vida, claro. Lembro sim. Ela tá trabalhando com voce, não é, Mulher 02? O que houve?
Mulher 02: Quase quebrei o dedo dela ontem, numa discussão que rolou na loja por causa de comissão, tu acredita?
Mulher 03 para Mulher 02: Tinha cliente, na hora?
Mulher 02: Tinha não, ainda bem. Mas a dona da loja chegou bem na hora. Imagina! Ainda bem que ela me deu razão, na briga. A outra ficou lá, puta da vida, mas acabou abaixando a cabeça porque precisa do emprego e a comissão veio pra mim, claro. Agora, que eu sei que vai ter troco, isso com certeza! Ela não vai deixar barato, mas deixa ela vim, dessa vez o dedo dela não me escapa!
Disse isso e as três deram uma puta gargalhada. Eu não aguentei e ri também, discretamente, claro, rss.
Meu ônibus apontou na esquina...
N.R: Eu particularmente acho que a mais errada foi a dona da loja de dar razão a uma das duas. Nesse caso, acho que a culpa da briga é dela por ter contratado alguém que, sabidamente, não gosta de trabalhar. Ela tinha que ter, no mínimo, dado um puxão de orelha nas duas ou talvez até uma suspensão.
*Nomes fictícios.
Desculpem-me a ausência com o Papo de Ônibus por esses dias.
Acho que, ou o povo anda muito preocupado com outras coisas e não tem conversado tanto, ou eu ando muito preocupada com as minhas coisas e não tenho dado a devida "atenção" à conversa dos outros, no ônibus, rss.
Esse papo rolou não exatamente dentro do ônibus, foi no ponto, a espera do veículo. No ponto vale também, né, rss.
Três mulheres conversando. Todas bastante jovens, na faixa dos 25 anos. Pelo que entendi da conversa, as tres trabalham em lojas que vendem roupas femininas, em diferentes lugares. A conversa que rolou foi sobre um acontecimento no trabalho de uma delas.
Vou nomeá-las: Mulher 1, Mulher 2 e Mulher 3.
Mulher 01, vestida para matar as 7h30 da manhã, no rosto, uma tela de LCD de 42 polegadas cobrindo os olhos (roubei essa expressão do filme Divã, que achei perfeita. Denominação dada a esses novos modelos de óculos enormeeeeesss), cumprimenta a Mulher 2: Diz aí, mulher, tudo bom?
Mulher 02, chegando no ponto de ônibus vestida um pouco mais discreta, também exibindo uma tela de LCD um pouco menor, de 36 polegadas, cara amarrada, responde: Que nada! tô com um ódio daquele povo da loja, tu num tem nem noção! Peguei uma briga com aquelazinha que trabalha comigo ontem, nêga. Quase sai na tapa, com ela.
Mulher 01, com cara de nenhuma surpresa diz: Num te disse que mais cedo ou mais tarde ia acontecer isso? Eu conheço ela, já trabalhou com uma amiga minha em outra loja e pegou briga com todo mundo lá. Essa menina é de lascar! Não gosta de trabalhar. Fica se escorando nos outros. Num tem quem aguente!
Mulher 02, balançando a cabeça afirmativamente, emenda: E então! Só lembrei de tu quando aconteceu. Bem que Mulher 01 tinha me dito que tivesse cuidado com essazinha! Taí no que deu! Foi pau, nêga! Tu acredita que ela veio botar o dedo na minha cara? Não sei nem sei porque não quebrei aquele dedo, visse! Me bateu uma calma na hora sei lá de onde, mas que deu vontade de avançar, deu! Mas lembrei que a gente tava na loja, as câmeras gravando tudo, ia ficar feio pra mim.
N.R: Mais feio do que já tava!, pensei, rss.
Nisso chega a Mulher 03, que estava mais discretamente vestida. Nem estava com tela de LCD! (Até senti falta, rsss)
Mulher 03: E aí, meninas, as novidades???
Mulher 02: Novidade? A que Mulher 01 tá contando aqui. Lembra daquela fulaninha que já trabalhou na loja ABC* com Maria*?
Mulher 03: Sim, que não queria nada com a vida, claro. Lembro sim. Ela tá trabalhando com voce, não é, Mulher 02? O que houve?
Mulher 02: Quase quebrei o dedo dela ontem, numa discussão que rolou na loja por causa de comissão, tu acredita?
Mulher 03 para Mulher 02: Tinha cliente, na hora?
Mulher 02: Tinha não, ainda bem. Mas a dona da loja chegou bem na hora. Imagina! Ainda bem que ela me deu razão, na briga. A outra ficou lá, puta da vida, mas acabou abaixando a cabeça porque precisa do emprego e a comissão veio pra mim, claro. Agora, que eu sei que vai ter troco, isso com certeza! Ela não vai deixar barato, mas deixa ela vim, dessa vez o dedo dela não me escapa!
Disse isso e as três deram uma puta gargalhada. Eu não aguentei e ri também, discretamente, claro, rss.
Meu ônibus apontou na esquina...
N.R: Eu particularmente acho que a mais errada foi a dona da loja de dar razão a uma das duas. Nesse caso, acho que a culpa da briga é dela por ter contratado alguém que, sabidamente, não gosta de trabalhar. Ela tinha que ter, no mínimo, dado um puxão de orelha nas duas ou talvez até uma suspensão.
*Nomes fictícios.
Papo de Ônibus - 04
...Sei não, é dificil demais mexer com isso!
Hoje, do jeito que estão esses aparelhos, se consigo ligar, receber e ouvir música, pra mim já tá ótimo, disse a ruiva de cabelo curto (não, não era loira).
No meu celular só consigo ouvir música se não colocar o fone, quando coloco, o bicho fica mudo, pode! Já saí apertando tudo quanto é botaõzinho de Ferramentas, tu sabe mexer nisso? Teu celular é igual ao meu, deixa eu ver?
Não, é de marca diferente, respondeu a morena e emendou com a clássica pergunta. Já leste o manual?
N.E. Adorei essa pergunta. kkkkkkkk. Era justamente isso que eu estava pensando enquanto ouvia esse papo. Apesar que, tenho que confessar, raramente leio manuais e acho que 90% da população tambem não, o que, obviamente se aplica a ruiva, também.
Lembrei de uma reportagem que vi no Jornal da Globo faz uns 15 anos, eu acho (não sou velha, só tenho boa memória, tá) falando da dificuldade que era pro brasileiro comum usar o controle remoto do vídeo-cassete, pela quantidade de botões que havia (e ainda há) nesses aparelhinhos que foram criados pra "facilitar" nossa vida.
Pois é, os aparelhos se modernizam, mas as dificuldades continuam as mesmas do século passado, rss.
ATIRE A PRIMEIRA PEDRA, AQUELE QUE NUNCA TEVE VONTADE DE JOGAR O CONTROLE REMOTO NA PAREDE, PELO MENOS UMA VEZ NA VIDA!
Hoje, do jeito que estão esses aparelhos, se consigo ligar, receber e ouvir música, pra mim já tá ótimo, disse a ruiva de cabelo curto (não, não era loira).
No meu celular só consigo ouvir música se não colocar o fone, quando coloco, o bicho fica mudo, pode! Já saí apertando tudo quanto é botaõzinho de Ferramentas, tu sabe mexer nisso? Teu celular é igual ao meu, deixa eu ver?
Não, é de marca diferente, respondeu a morena e emendou com a clássica pergunta. Já leste o manual?
N.E. Adorei essa pergunta. kkkkkkkk. Era justamente isso que eu estava pensando enquanto ouvia esse papo. Apesar que, tenho que confessar, raramente leio manuais e acho que 90% da população tambem não, o que, obviamente se aplica a ruiva, também.
Lembrei de uma reportagem que vi no Jornal da Globo faz uns 15 anos, eu acho (não sou velha, só tenho boa memória, tá) falando da dificuldade que era pro brasileiro comum usar o controle remoto do vídeo-cassete, pela quantidade de botões que havia (e ainda há) nesses aparelhinhos que foram criados pra "facilitar" nossa vida.
Pois é, os aparelhos se modernizam, mas as dificuldades continuam as mesmas do século passado, rss.
ATIRE A PRIMEIRA PEDRA, AQUELE QUE NUNCA TEVE VONTADE DE JOGAR O CONTROLE REMOTO NA PAREDE, PELO MENOS UMA VEZ NA VIDA!
Papo de Ônibus - 03
Semana passada não consegui ouvir nenhum papo interessante. Em compensação, hoje, rolou um papo relativamente longo, misto de papo sério com picos de diversão. Duas moças, com cara entre 28 e 30 anos... Algumas palavras estão escritas erradas, de propósito. Escrevi conforme a pronúncia delas, ok!
Pra facilitar o entendimento, colocarei nomes, obviamente fictícios.
Vamos a ele:
- Maria, quando cheguei em casa ontem tava passano uma reportage sobre a Paraíba, acho que era no canal 12, falano de Patos, sobre crianças que eram, sei lá, istrupada pelos pai, padrastro, tio, essas coisa. Absurdo, né!
A outra concorda, balançando a cabeça... e emenda:
- Pois é, Madalena. E eu que nem vi a estréia da novela nova ontem. Tava cum sono danado, dormi cedo mas acordei umas 11 da noite com juninho churumingano... pense!
Maria pergunta:
- Ainda tais caminhano?
- Tô nada, responde Mada (já tô íntima, rss) deu uma dor na "pranta" do meu pé, eu dexei pra lá. Fiquei com medo.
- E tu foi no médico?, perguntou Maria. E sem esperar resposta de Madalena já emendou:
- Lembra da Márcia, que mora no Valentina, perto do ponto final? Ela foi no médico, ele disse que ela tava com um negócio, um tal de "róide", "tiróide", negócio assim... passou um bocado de remédio pra ela, parece q esse negócio né brincadeira, não, visse. Vai no médico, mulher! Num fique guardano doença, não, viu!
Mada ficou um pouco pensativa e depois perguntou:
- Tu já foi no Atacadão? aquela loja que inaugurou dia desse no Geisel?
- Fui nada, mada, é ruim demais pra mim, não sei nem que ônibus pega. Tu pegou qual pra ir lá?, perguntou Maria.
- Fui com minha patroa, danada, fui de ônibus não.
N.R. (Senti uma certa inveja por parte de Maria, no ar, rsss. Continuando o papo...)
Maria perguntou se os preços de lá eram bons ao que Madalena respondeu:
- Sim, mas não tem sacola pra embalar, é ruim por isso. Acho que por isso, os preço são mais baixo, né. Fiz minha feira todinha lá, aproveitei a carona da patroa, ela me deixou em casa depois, foi bom demais!
Disse isso e deu uma ótima gargalhada. Chamou atenção da galera, no ônibus.
Acho que vou lá esse sábado, de novo.
- Eita, queria ir contigo, disse Maria. Mas não sei nem que ônibus pega. Tu não sabe, não? Pra mim seria bom porque não faço feira, vou comprando quando as coisa em casa acaba, dá pra trazer no ônibus. Tu visse o preço de Treloso amantegado lá?
N.R.2 (Agora que não aguentou fui eu. Achei engraçado ela perguntar especificamente de um produto e pensei: não é possível que ela vai saber do preço desse biscoito)
- Vi não, Maria. Parece que desse não tem lá, tem do outro do Treloso, se não me engano, R$ 2,20.
N.R.3 (Me enganei, viram! Ela sabia, kkkkk)
Tem muita fila lá? perguntou Maria.
- Vixe, demais até! Fiquei um tempão na fila. Tinha uma mulher gorda na minha frente que tava com três carrinho lotado. Imagina como demorô só aí!
- Pois Madalena, vou mais não, visse. Tô correno de fila! Além disso, nem sei que ônibus pega!
Estava chegando a minha parada, tive que passar a roleta.
O que achei interessante nesse papo foi primeiro, as diversidades dos assuntos. Como elas pularam da água pro vinho, ao sabor da vontade.
Também, que, cada uma, com sua percepção, tem uma opinião formada sobre os assuntos do cotidiano, sejam eles quais forem.
Muitas vezes, temos a impressão, que as pessoas de classes menos favorecidas não captam as mensagens enviadas pelos meios de comunicação. Acho que esse papo deixou um pouco mais claro que sim, que elas entendem.
Pra facilitar o entendimento, colocarei nomes, obviamente fictícios.
Vamos a ele:
- Maria, quando cheguei em casa ontem tava passano uma reportage sobre a Paraíba, acho que era no canal 12, falano de Patos, sobre crianças que eram, sei lá, istrupada pelos pai, padrastro, tio, essas coisa. Absurdo, né!
A outra concorda, balançando a cabeça... e emenda:
- Pois é, Madalena. E eu que nem vi a estréia da novela nova ontem. Tava cum sono danado, dormi cedo mas acordei umas 11 da noite com juninho churumingano... pense!
Maria pergunta:
- Ainda tais caminhano?
- Tô nada, responde Mada (já tô íntima, rss) deu uma dor na "pranta" do meu pé, eu dexei pra lá. Fiquei com medo.
- E tu foi no médico?, perguntou Maria. E sem esperar resposta de Madalena já emendou:
- Lembra da Márcia, que mora no Valentina, perto do ponto final? Ela foi no médico, ele disse que ela tava com um negócio, um tal de "róide", "tiróide", negócio assim... passou um bocado de remédio pra ela, parece q esse negócio né brincadeira, não, visse. Vai no médico, mulher! Num fique guardano doença, não, viu!
Mada ficou um pouco pensativa e depois perguntou:
- Tu já foi no Atacadão? aquela loja que inaugurou dia desse no Geisel?
- Fui nada, mada, é ruim demais pra mim, não sei nem que ônibus pega. Tu pegou qual pra ir lá?, perguntou Maria.
- Fui com minha patroa, danada, fui de ônibus não.
N.R. (Senti uma certa inveja por parte de Maria, no ar, rsss. Continuando o papo...)
Maria perguntou se os preços de lá eram bons ao que Madalena respondeu:
- Sim, mas não tem sacola pra embalar, é ruim por isso. Acho que por isso, os preço são mais baixo, né. Fiz minha feira todinha lá, aproveitei a carona da patroa, ela me deixou em casa depois, foi bom demais!
Disse isso e deu uma ótima gargalhada. Chamou atenção da galera, no ônibus.
Acho que vou lá esse sábado, de novo.
- Eita, queria ir contigo, disse Maria. Mas não sei nem que ônibus pega. Tu não sabe, não? Pra mim seria bom porque não faço feira, vou comprando quando as coisa em casa acaba, dá pra trazer no ônibus. Tu visse o preço de Treloso amantegado lá?
N.R.2 (Agora que não aguentou fui eu. Achei engraçado ela perguntar especificamente de um produto e pensei: não é possível que ela vai saber do preço desse biscoito)
- Vi não, Maria. Parece que desse não tem lá, tem do outro do Treloso, se não me engano, R$ 2,20.
N.R.3 (Me enganei, viram! Ela sabia, kkkkk)
Tem muita fila lá? perguntou Maria.
- Vixe, demais até! Fiquei um tempão na fila. Tinha uma mulher gorda na minha frente que tava com três carrinho lotado. Imagina como demorô só aí!
- Pois Madalena, vou mais não, visse. Tô correno de fila! Além disso, nem sei que ônibus pega!
Estava chegando a minha parada, tive que passar a roleta.
O que achei interessante nesse papo foi primeiro, as diversidades dos assuntos. Como elas pularam da água pro vinho, ao sabor da vontade.
Também, que, cada uma, com sua percepção, tem uma opinião formada sobre os assuntos do cotidiano, sejam eles quais forem.
Muitas vezes, temos a impressão, que as pessoas de classes menos favorecidas não captam as mensagens enviadas pelos meios de comunicação. Acho que esse papo deixou um pouco mais claro que sim, que elas entendem.
Papo de Ônibus - 02
Hoje ouço o seguinte diálogo entre duas jovens senhoras ao se despedirem:
- Tchau querida, bom trabalho! (toda animada!)
A outra prontamente responde:
- Bom trabalho, não! Bom é o dinheiro, o trabalho é uma bosta!
Ri pela forma como a resposta foi prontamente dada, mas no mesmo momento pensei como é triste quando a gente trabalha num lugar que não gosta, com gente que não suporta, fazendo algo que não dá nenhum prazer, e pior, passando o dia todo fazendo isso, e mais, às vezes, durante anos e anos.
Deprimente, não acham? Por que tantas pessoas se submetem a isso? Alguém tem alguma sugestão de resposta? Eu tenho a minha.
Comodidade, medo, hábito e outros sinônimos parecidos com esses. É muito mais cômodo pro profissional ficar onde está. O pensamento geralmente é: Sair pra que? Em outra empresa será do mesmo jeito. Melhor ficar por aqui mesmo, pelo menos já conheço as “cobras” com quem tenho que trabalhar, já sei como me defender, qual é a política da empresa, o que devo ou não fazer, ah! melhor deixar do jeito que está!.
Esse tipo de profissional normalmente também tem medo, muito medo de meter a cara e viver outros desafios e responsabilidades que um novo trabalho traria.
É triste, muito triste quando alguém deixa de caminhar na vida por medo do que encontrará pelo caminho. E isso se aplica a tudo na vida, não só ao trabalho.
- Tchau querida, bom trabalho! (toda animada!)
A outra prontamente responde:
- Bom trabalho, não! Bom é o dinheiro, o trabalho é uma bosta!
Ri pela forma como a resposta foi prontamente dada, mas no mesmo momento pensei como é triste quando a gente trabalha num lugar que não gosta, com gente que não suporta, fazendo algo que não dá nenhum prazer, e pior, passando o dia todo fazendo isso, e mais, às vezes, durante anos e anos.
Deprimente, não acham? Por que tantas pessoas se submetem a isso? Alguém tem alguma sugestão de resposta? Eu tenho a minha.
Comodidade, medo, hábito e outros sinônimos parecidos com esses. É muito mais cômodo pro profissional ficar onde está. O pensamento geralmente é: Sair pra que? Em outra empresa será do mesmo jeito. Melhor ficar por aqui mesmo, pelo menos já conheço as “cobras” com quem tenho que trabalhar, já sei como me defender, qual é a política da empresa, o que devo ou não fazer, ah! melhor deixar do jeito que está!.
Esse tipo de profissional normalmente também tem medo, muito medo de meter a cara e viver outros desafios e responsabilidades que um novo trabalho traria.
É triste, muito triste quando alguém deixa de caminhar na vida por medo do que encontrará pelo caminho. E isso se aplica a tudo na vida, não só ao trabalho.
Papo de Ônibus - 01
O primeiro texto foi publicado no dia 02/09/2009
PAPO DE ÔNIBUS
Começo essa semana uma série que faz tempo queria iniciar.
Como rodo muito de ônibus e já ouvi as conversas mais malucas dentro desse veículo sempre achei que essas histórias (ou estórias porque nunca se sabe quando o papo é verdade ou mentira, certo?) dariam um "belo caldo" em forma de textos aqui pro blog.
Finalmente essa seman tomei coragem e inicio a partir de hoje a série PAPO DE ÔNIBUS. Tentarei aqui, manter um frequência média de pelo menos 3 textos por semana, não será fácil, mas me esforçarei, prometo.
Abaixo vai o primeiro:
Novela de Manoel Carlos, minha filha, não tem pra ninguém!
Ouvi a frase que intitula esse texto hoje pela manhã, no ônibus, a caminho do trabalho. Foi totalmente de encontro ao que aconteceu comigo hoje, também, enquanto tomava café e assistia ao jornal local.
Vi uma das chamadas pro novo folhetim que ele está escrevendo, Viver a Vida, e confesso pra vocês que me emocionei, de primeira, com a cena e pensei:
- Novela de Manoel Carlos, sucesso e emoção garantidos. Não tem pra ninguém!
Coincidência? Eu não acredito em coincidência e você?
Já escrevi em outros textos que coincidência, pra mim, é trabalho duro e busca por oportunidade. Manoel Carlos trabalha muito pra manter viva essa credibilidade que eu, a “menina do ônibus” e outros milhões de telespectadores sentem quando veem e ouvem falar que vem por aí mais uma novela do “Maneco”. Obviamente a oportunidade ele fez e faz toda vez que emplaca um trabalho de sucesso na empresa em que trabalha.
Quem me conhece um pouco melhor sabe de minha paixão por novela. Digo e repito que aprendi muito assistindo novela, seriado, e continuo aprendendo, apesar de hoje ter bem menos tempo pra tal lazer. Sou da opinião que sempre podemos aprender algo com o mundo que nos cerca, no mínimo, aprender como não fazer as coisas. Com o veículo Televisão, de uma forma geral, pra mim, é a mesma coisa.
Manoel Carlos faz parte de uma galeria de autores que, junto com Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Glória Perez, em minha humilde opinião, é totalmente acima da média. Sempre me surpreendem positivamente com seus escritos, seja o tema que for.
Por isso, já estou ansiosa para Viver a vida junto com o Manoel Carlos e mais alguns milhões de telespectadores e de uma coisa já tenho certeza:
- Novela de Manoel Carlos, milha filha! Não tem pra ninguem!.
PAPO DE ÔNIBUS
Começo essa semana uma série que faz tempo queria iniciar.
Como rodo muito de ônibus e já ouvi as conversas mais malucas dentro desse veículo sempre achei que essas histórias (ou estórias porque nunca se sabe quando o papo é verdade ou mentira, certo?) dariam um "belo caldo" em forma de textos aqui pro blog.
Finalmente essa seman tomei coragem e inicio a partir de hoje a série PAPO DE ÔNIBUS. Tentarei aqui, manter um frequência média de pelo menos 3 textos por semana, não será fácil, mas me esforçarei, prometo.
Abaixo vai o primeiro:
Novela de Manoel Carlos, minha filha, não tem pra ninguém!
Ouvi a frase que intitula esse texto hoje pela manhã, no ônibus, a caminho do trabalho. Foi totalmente de encontro ao que aconteceu comigo hoje, também, enquanto tomava café e assistia ao jornal local.
Vi uma das chamadas pro novo folhetim que ele está escrevendo, Viver a Vida, e confesso pra vocês que me emocionei, de primeira, com a cena e pensei:
- Novela de Manoel Carlos, sucesso e emoção garantidos. Não tem pra ninguém!
Coincidência? Eu não acredito em coincidência e você?
Já escrevi em outros textos que coincidência, pra mim, é trabalho duro e busca por oportunidade. Manoel Carlos trabalha muito pra manter viva essa credibilidade que eu, a “menina do ônibus” e outros milhões de telespectadores sentem quando veem e ouvem falar que vem por aí mais uma novela do “Maneco”. Obviamente a oportunidade ele fez e faz toda vez que emplaca um trabalho de sucesso na empresa em que trabalha.
Quem me conhece um pouco melhor sabe de minha paixão por novela. Digo e repito que aprendi muito assistindo novela, seriado, e continuo aprendendo, apesar de hoje ter bem menos tempo pra tal lazer. Sou da opinião que sempre podemos aprender algo com o mundo que nos cerca, no mínimo, aprender como não fazer as coisas. Com o veículo Televisão, de uma forma geral, pra mim, é a mesma coisa.
Manoel Carlos faz parte de uma galeria de autores que, junto com Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Glória Perez, em minha humilde opinião, é totalmente acima da média. Sempre me surpreendem positivamente com seus escritos, seja o tema que for.
Por isso, já estou ansiosa para Viver a vida junto com o Manoel Carlos e mais alguns milhões de telespectadores e de uma coisa já tenho certeza:
- Novela de Manoel Carlos, milha filha! Não tem pra ninguem!.
Justificativa...
Amigos,
Resolvi criar um espaço exclusivo pro Papo de Ônibus pra facilitar a nossa vida (minha, principalmente, rss) com relação a busca dos textos, pra organizar mesmo. Vou posta-los aqui desde o primeiro, exatamente como os escrevi à epóca. Sem mais delongas, vamos a eles...
Resolvi criar um espaço exclusivo pro Papo de Ônibus pra facilitar a nossa vida (minha, principalmente, rss) com relação a busca dos textos, pra organizar mesmo. Vou posta-los aqui desde o primeiro, exatamente como os escrevi à epóca. Sem mais delongas, vamos a eles...
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