28/07/2011

Papo de Ônibus - 16

Gente,

Não sei se quem anda de ônibus, como eu, sente a mesma coisa, mas sempre acho que aquela galera da Instituição Manassés escolhe um ônibus pra entrar pensando assim: Flávia tá nesse? Opa! Então é esse mesmo que eu vou. É impressionante! Os caras sempre entram no ônibus que estou. Por ai voces já percebem que sei praticamente todo o texto que eles dizem, decorado. Óbvio que sempre tem a variação do cacoete de cada um. Fulano diz "pessoal", outro fulano diz "gente", já outro diz "povo de Deus" e por aí vai...
Bom, nada de novidade seria em ter mais um rapazinho entrando no ônibus pra apresentar a instituição e pedindo ajuda em troca das canetas. Mas dessa vez aconteceu algo engraçado.
O ônibus estava especialmente cheio e muito barulhento. O cara da Manassés entrou com a sua inconfundível camisa branca fio 30 com o nome JESUS escrito de uma manga a outra em azul marinho e a bolsa à tiracolo com as canetas. Dentro do ônibus o rapaz iniciou seu discurso... Bom dia pessoal, (ninguem respondeu, claro!) BOM DIA PESSOAL! (praticamente gritando), me chamo Márcio, sou da instituição Manassés, etc...
Exatamente nesse momento, toca um celular e uma mulher atende. Por conta do barulho que estava rolando no ônibus, ela começou a falar alto, muito alto e aconteceu um negócio muito engraçado. As conversas começaram a se cruzar, tipo, Meu nome é Márcio... e ela... Diz mulher!!!!!

Vou tentar reproduzir a conversa, pelo menos o que consegui lembrar. Segue...

O cara: Bom dia, pessoal. Meu nome é Márcio, sou da instituição Manassés que cuida de jovens dependentes químicos...
A mulher: Diz criatura, tudo bem? Que novidade é essa?
O cara: Pessoal, a instituição Manassés é uma instituição que chegou a pouco tempo em João Pessoa, ela fica no Bairro dos Estados...
A mulher: É nada! Tu jura! Acredito não! Como assim?
O cara: Pessoal, estamos aqui pedindo a ajuda de voces pra manter essa instituição porque não temos ajuda de governo. Pessoal, basta apenas comprar este saquinho com as canetas que voce já estará ajudando nossa instituição...
A mulher: Tais doida? Tais pensando o que criatura? Né assim, não. Esse bicho tá doido é? Não...
O cara: Pessoal, não precisa comprar as canetas, qualquer ajuda é bem-vinda... 0,50, 1 real, o importante é ajudar...
A mulher: Oxe... tais pensando que eu sou o que??? kkkkkkkk (e deu uma puta gargalhada no ônibus)

N.A: A essas alturas eu já estava rindo lá no meu cantinho, achando interessante esse "cruzamento" de dados, rss.

O cara: Pessoal, muito obrigado pela atenção de voces, fiquem com Deus, pessoal. Tenham um ótimo dia de trabalho
A mulher: Ei, vou desligar que já tá chegando minha parada, visse. Diz a esse doido que se ele não tem juizo, eu tenho. Tchau.

E desligou o telefone. Creiam, os dois desceram na mesma parada.

14/07/2011

Papo de Ônibus - 15

Essa foi foi contada por um amigo muito querido e já pedi autorização na mesma hora pra postar aqui, é rapidinha, mas engraçada.
Antes, preciso informar que esse meu amigo é enorme pra todos os lados. Ele é alto e bem gordo, alem disso, é gay (essas informações são importantes pro desenrolar da história). Vamos lá.

Estava ele num dos inúmeros passeios de ônibus pela cidade (passeio porque, por conta do trabalho, as vezes, ele precisa se deslocar pela cidade) e de repente percebe um cara bem apessoado, bem vestido (leia-se, do babado!!!!!, como diz ele) olhando insistentemente em sua direção.
Obviamente que ficou encafifado. Ele olhava, o cara olhava. Ele olhava, o cara olhava. Ele olhava, o cara olhava.
De repente, o cara levantou e foi em sua direção.
Na hora ele pensou duas coisas (não necessariamente nessa ordem)
- Fodeu! Esse cara vai me assaltar! Me lasquei. Bonitinho mas ordinário! Coisas assim...
- Será que esse cara tá me paquerando? Ganhei o dia!

Rolou o seguinte diálogo.

O cara: Oi, tudo bem? (segundo meu amigo, beeeemm simpático)
Meu amigo: Oi, tudo.
O cara: Voce conhece Herbalife?
Meu amigo: Sim
O cara: Sou representante, já pensou em usar?
Meu amigo: Não, obrigado. (respondeu bem abusado, rs)

Levantou do seu assento e foi pra outro.